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Macau: o ponto de encontro das culturas chinesa e lusófona

Macau tem uma longa história de conexões culturais com Portugal, encontrando-se aqui a fusão das culturas chinesa e do mundo lusófono, refletida na língua, arquitetura, religião, arte e culinária, entre outras. Macau serve, assim, de ponte para o intercâmbio cultural entre a China e os países de língua portuguesa.(Fonte: https://www.dn.pt/2976242478/macau-o-ponto-de-encontro-das-culturas-chinesa-e-lusofona/)

Macau é uma cidade chinesa caracterizada pela coexistência e fusão das culturas oriental e ocidental, e, devido à sua longa história e conexão cultural com Portugal, também serve como uma ponte para o intercâmbio cultural entre a China e os países lusófonos.

Aqui, nas ruas e becos é possível encontrar placas de ruas adornadas com azulejos, escritas em chinês e português. No centro histórico de Macau, os largos e as vias públicas ostentam a calçada portuguesas repleta de elementos marítimos.

Em Macau, pode assistir-se à ópera cantonesa, descobrindo o encanto da ópera tradicional chinesa. Também se pode assistir a espetáculos de fado, ficando-se encantado pela melodia de saudades.

Experimentar a cultura gastronómica Yum Cha (tomar chá com uma variedade de Dim Sum) também é possível em Macau, nos restaurantes cantoneses. Bem como saborear bacalhau, cozinhado de várias maneiras, pastéis de nata, e outras delícias da culinária portuguesa.

Macau é também uma cidade onde tanto se pode visitar templos chineses, como igrejas católicas. Os primeiros, envoltos numa constante névoa de incenso, com muitas pessoas a rezar e a pedir a bênção. Nas segundas, espalhadas um pouco por todo o lado, há missas realizadas nas línguas chinesa, portuguesa, inglesa, entre outras.

A “fachada de São Paulo” consiste na parede frontal das ruínas da antiga Igreja de Madre de Deus e do adjacente Colégio de São Paulo, construídos em 1602 e destruídos por um incêndio em 1835. Sendo um monumento icónico, as Ruínas de São Paulo são um dos pontos turísticos mais visitados em Macau.

Desde 1557, quando os portugueses se estabeleceram em Macau, a cidade passou a ser um canal para a difusão do conhecimento ocidental para o Oriente e a transmissão do conhecimento chinês para o Ocidente, desempenhando um papel crucial para contacto mútuo e intercâmbio cultural entre a China e o mundo ocidental durante largos períodos. Foi em Macau que emergiu pela primeira vez o ensino ocidental na China, e que os europeus começaram a aprender o idioma chinês.

Macau foi a primeira escala dos jesuítas no território chinês, onde se estabeleceu o Colégio de São Paulo, vocacionado para o ensino ocidental e missionação. Os missionários formados neste Colégio, para além de difundirem a Doutrina Católica, introduziram na China conhecimentos científicos e culturais ocidentais como a astronomia, o calendário, a matemática, a física, a medicina e a música, etc.

Ao mesmo tempo, os missionários estudavam aqui a língua chinesa, traduziam os clássicos confucionistas, divulgando a cultura tradicional chinesa na Europa, o que suscitou um grande interesse pela sinologia nos países europeus. A obra Relação da Grande Monarquia da China escrita em 1638 pelo padre jesuíta português Álvaro Semedo, que residiu em Macau por vários anos, descreve o sistema político, os costumes, as crenças religiosas e as atividades comerciais da China, apresentando aos leitores europeus um retrato autêntico da China em meados do século XVII.

Em 1879, Henrique Carlos Ribeiro Lisboa, secretário e membro da missão diplomática brasileira à China, viajou por Macau, Hong Kong, Xangai, Tianjin e outras localidades chinesas, e após o seu retorno ao Brasil, escreveu o livro A China e Os Chineses, que servia como um meio importante para os brasileiros daquela época conhecerem a China.

Além disso, foi em Macau que surgiu o primeiro dicionário de português-chinês e o primeiro jornal moderno em português publicado na China A Abelha da China.

Hoje em dia, Macau continua a desempenhar um papel único na promoção do intercâmbio cultural entre a China e a Lusofonia. O português permanece como uma das línguas oficiais de Macau e a cidade é lar de uma numerosa comunidade macaense, constituída principalmente por descendentes de casamentos mistos entre portugueses e asiáticos.

As universidades de Macau são muito procuradas pelos estudantes chineses, sobretudo os locais, por estas serem ideais para continuarem os seus estudos e cursos relacionados com a língua portuguesa. Por outro lado, Macau também atrai muitos estudantes dos países lusófonos.

Além disso, os órgãos de comunicação social, as instituições de Ensino Superior e as editoras de Macau têm desenvolvido a tradução e promoção de obras literárias e audiovisuais da China e dos países de língua portuguesa.

Macau é a sede permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, também designado por Fórum Macau, na versão mais curta, estabelecido em 2003. A promoção do intercâmbio cultural sino-lusófono constituí um dos seus principais objetivos. Realizam-se todos os anos em Macau vários eventos culturais, como o Encontro em Macau - Festival de Artes e Cultura entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o Festival da Lusofonia, e a Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, que contam com inúmeros artistas da China e dos países lusófonos, colorindo Macau com as danças e músicas folclóricas portuguesas, a capoeira brasileira, a arte da escultura em madeira dos países africanos de expressão portuguesa, a arte têxtil Tais de Timor-Leste, as danças e canções de minorias étnicas chinesas, bem como uma variedade de gastronomias chinesas e lusófonas. Iniciativas que proporcionam aos visitantes uma experiência rica e autêntica da fusão cultural entre a China e o mundo lusófono, e dando a conhecer o papel único de Macau como um o ponto de encontro das culturas chinesa e lusófona.